segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ficamento.

Ao começar a refletir sobre estes temas tão polêmicos, gostaria de afirmar que a Igreja defende a pesquisa científica, sobretudo quando se pensa que essa pesquisa pode nos levar à cura das doenças que afligem a humanidade.
Quando a pesquisa científica diz respeito à vida humana, os limites devem ser definidos de maneira muito clara, para evitar que se manipule a vida de um ser humano desprotegido em favor de outro ser humano mais favorecido.
Seja como for, por que a Igreja é contrária à utilização de células embrionárias? Porque o embrião é um ser humano em sentido pleno. Não se pode usar a vida de um homem para tratar a vida de um outro. Qualquer ser humano, rico ou pobre, jovem ou velho, de qualquer raça, tem um valor absoluto.
O problema, então, é reconhecer que o embrião já é um ser humano.Quem define quando é que a vida começa? Pela própria ciência se pode chegar a uma conclusão clara: quando o espermatozóide se une ao óvulo, nasce o embrião em sua primeira fase. O embrião, nesse momento, já está completo. Contém em si todas as informações necessárias ao novo ser humano. O que falta é apenas o tempo e a alimentação da vida para que chegue a seu pleno desenvolvimento.
O que fazer com as pessoas doentes que poderiam esperar ser curadas a partir do uso da vida de embriões humanos? É preciso cuidar delas. Tenho certeza de que ninguém quer salvar sua vida à custa da vida de outro homem inocente.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pub Med.

Institute of Bioengineering and Nanotechnology, A*STAR, The Nanos, #04-01, 31 Biopolis Way, Singapore 138669, Singapore; NUS Graduate School for Integrative Sciences and Engineering, Centre for Life Sciences (CeLS), #05-01, 28 Medical Drive, Singapore 117456, Singapore.
3D microfluidic cell culture systems offer a biologically relevant model to conduct micro-scale mammalian cell-based research and applications. Various natural and synthetic hydrogels have been successfully incorporated into microfluidic systems to support mammalian cells in 3D. However, embedment of cells in hydrogels introduces operational complexity, potentially hinders mass transfer, and is not suitable for establishing cell-dense, ECM-poor constructs. We present here a gel-free method for seeding and culturing mammalian cells three-dimensionally in a microfluidic channel. A combination of transient inter-cellular polymeric linker and micro-fabricated pillar arrays was used for the in situ formation and immobilization of 3D multi-cellular aggregates in a microfluidic channel. 3D cellular constructs formed this way are relieved of hydrogel embedment for cellular support. Two mammalian cell lines (A549 and C3A) and a primary mammalian cell (bone marrow mesenchymal stem cells) were cultured in the gel-free 3D microfluidic cell culture system. The cells displayed 3D cellular morphology, cellular functions and differentiation capability, affirming the versatility of the system as a 3D cell perfusion culture platform for anchorage-dependent mammalian cells.

Scielo


Cultivo individual de blastocistos bovinos produzidos in vitro

Embriões bovinos produzidos in vitro foram cultivados individualmente do D7 ao D9, com o intuito de avaliar o seu desenvolvimento posterior. Quarenta e nove embriões, nos estágios de blastocisto inicial, blastocisto e blastocisto expandido foram cultivados, individualmente, em 50ml de meio SOF + 5% SVE, do D7 ao D9 (D0=fecundação). Entre o D7 e D8, os blastocistos foram cultivados em palhetas (TcP) ou em placas (CP) e, entre o D8 e D9, foram cultivados apenas em placas. O índice de blastocistos que avançaram pelo menos um estágio de desenvolvimento, entre D7 e D8, foi de 71%, 37% e 44% no CP e de 100%, 66% e 36% no TcP, respectivamente para blastocistos iniciais, blastocistos e blastocistos expandidos. O percentual total de embriões que evoluíram do D7 para D8 foi de 50% (12/24) para o CP e de 60% (15/25) para o TcP, os quais não foram significativamente diferentes (P>0,05). Na avaliação efetuada no D9, não foram constatadas diferenças (P>0,05) no percentual de blastocistos eclodidos, entre os dois sistemas de cultivo (29% e 24% para CP e TcP, respectivamente). Após coloração fluorescente dos núcleos, não foi observada diferença (P>0,05) entre o número médio de células dos blastocistos eclodidos (182,66 vs. 202,8) e expandidos (94,5 vs. 88), para o CP e TcP, respectivamente. Blastocistos bovinos produzidos in vitro podem ser cultivados individualmente do D7 ao D9, não havendo efeito do sistema de cultivo empregado (placas ou palhetas) sobre a taxa de eclosão e o número de células.

MEDLINE

We have previously demonstrated that induction of apoptosis was observed in the smooth chorion trophoblast cells of human fetal membranes prepared at term, and that apoptosis progressed rapidly during in vitro incubation of the tissues. Furthermore, we identified the contribution of ROS production system (e.g., oxidant enzymes, such as iNOS and Cox-2) to the apoptosis induction in the chorion cells, suggesting an important role of the two inducible enzymes in the induction process. In this study, we examined the role of ROS elimination system (e.g., antioxidant enzymes, such as glutathione peroxidase (GPx) and catalase) in the apoptosis induction of the chorion cells, since the apoptosis induction by oxidative stress is a result of imbalance between production and elimination of ROS. Treatment of chorion and amnion cells with mercaptosuccinic acid (MS, GPx inhibitor) and 3-amino-1,2,4-triazole (ATZ, catalase inhibitor) resulted in an inhibition of GPx and catalase activity, respectively. Furthermore, incubation with MS alone induced apoptosis in the chorion cells and apoptosis level was enhanced by the addition of ATZ, while ATZ alone hardly induced apoptosis in the chorion cells. However, none of these reagents induced apoptosis in the amnion cells. Moreover, an increase of the level of hemeoxygenase-1 gene expression was observed only in the amnion cells when both antioxidant enzyme activities were suppressed. Therefore, we concluded that GPx played a more critical role than catalase in the control of the apoptosis induction of the chorion cells, suggesting that the threshold levels of stress tolerance in the chorion cells are much lower than those in the amnion cells.

LILACS

A doença renal crônica continua sendo um desafio no campo da pesquisa médica. Para avaliar o efeito de células tronco nessa patologia, foram usadas células linhagem negativa (Lin ) de medula óssea. Ratos singênicos Fischer 344 foram submetidos à nefrectomia 5/6 (Nx) e divididos em 3 grupos: Nx (não tratados); NxSC1 (submetidos à infusão de 2 106 células Lin no 15º dia de pós-operatório); e NxSC3 (submetidos à infusão de 2 106 células Lin no 15º, 30º e 45º dias de pós-operatório). No 60º dia de pós-operatório os animais foram estudados. A infusão de células resultou em redução da proteinúria, do índice de esclerose glomerular, da área intersticial relativa, da anemia, da infiltração do tecido renal por células imunes e da expressão tecidual de MCP-1, p21 e VEGF. Esses dados sugerem que essas células retardam a progressão da doença renal crônica...(AU)Progressive renal failure continues to be a challenge. We used lineage-negative (Lin−) SCs to test the hypothesis that Lin− cell infusion decreases renal injury. Syngeneic Fischer 344 rats were submitted to 5/6 nephrectomy and divided into 3 groups: Nx (untreated); NxSC1 (receiving 2 × 106 Lin− cells on postnephrectomy day 15); and NxSC3 (receiving 2 × 106 Lin− cells on postnephrectomy days 15, 30 and 45). Animals were studied on postnephrectomy day 60. Lin− cell infusion effectively reduced postnephrectomy proteinuria, glomerulosclerosis, anemia, renal infiltration of immune cells, cell proliferation, MCP-1 protein expression and the interstitial area. Protein expression of p21 and VEGF were also reduced after Lin− cell infusion. These data suggest that SC treatment ameliorates progressive end-stage renal disease...(AU)
Descritores:
Medula ÓsseaInsuficiência Renal CrônicaCélulas-Tronco

Anvisa

Pesquisa da Anvisa


Brasília, 13 de maio de 2008 - 16h25Brasil cria sistema de controle de embriões
Foi publicada nesta terça-feira, (13), a RDC 29, que cria o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio). O sistema tornará possível saber quantos embriões humanos produzidos por ano através de fertilização in vitro (fora do corpo) deixam de ser utilizados. O banco de dados criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também vai permitir estabelecer quantos embriões poderão ser usados para fins de pesquisa e terapia, além de aprimorar o controle sobre as atividades das cerca de 120 clínicas de reprodução assistida existentes no Brasil.
Transmissão de dados
A transmissão dos dados se dará de forma rápida e simplificada, através de formulários eletrônicos. Caberá aos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTG), abastecer os dados do SisEmbrio. Eles terão de informar a quantidade de embriões congelados em cada ano e doados, sejam eles congelados há mais de 3 (três) anos ou doados a fresco, desde que classificados como inviáveis, para fins de pesquisa.
Estes bancos são clínicas que selecionam os doadores, coletam e processam células e tecidos germinativos, podendo inclusive liberar o material para uso terapêutico de terceiros ou do próprio doador. Os pré-requisitos para a instalação e funcionamentos dos bancos são os estabelecidos na RDC 33/06.
As clínicas terão 60 dias, contados a partir da publicação da resolução, para informar o número de embriões produzidos até 31 de dezembro de 2007 e não utilizados nos respectivos procedimentos. Os dados referentes a embriões produzidos após esta data deverão ser atualizados uma vez a cada ano pelos bancos.
A elaboração do SisEmbrio foi tema de consulta pública realizada pela Anvisa. As contribuições enviadas à elaboração do sistema fazem parte do livro “Bioética e Vigilância Sanitária”, assinado pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, pelo presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, Volnei Garrafa e pela pesquisadora Dora Porto.
Pesquisas
A lei 11.105/05, regulamentada pelo Decreto 5591/05, permitiu o uso, para fins de pesquisas e terapia, de células-tronco embrionárias retiradas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados.
Podem ser utilizados apenas os embriões inviáveis (com alterações genéticas ou morfológicas que tenham comprometido seu desenvolvimento) e os disponíveis (aqueles que congelados até 28 de março de 2005, já tenham completado três anos de congelamento). Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos doadores e deve ser preservado o sigilo.
Atualmente a constitucionalidade das pesquisas feitas com células embrionárias é discutida no STF.